Graduado em física pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Sousa é o fundador e cientista-chefe da Bright Photomedicine. É mestre (2010) e doutor (2014) em física pela Universidade de São Paulo (USP), tendo concluído um ano de doutorado sanduíche pelo Centro Wellman para a Fotomedicina, da Escola de Medicina de Harvard, em 2013.
Nascido em Fortaleza (CE), Sousa nutre interesse pela ciência desde jovem, quando participava de olimpíadas do conhecimento em física e matemática. Na faculdade, a vocação para a pesquisa surgiu na iniciação científica, realizada no laboratório de física quântica. Após a graduação, foi contratado como professor substituto de física pela UFC, ministrando aulas nos cursos de física, química e engenharia.
Mesmo com a experiência em docência, Sousa decidiu investir na pós-graduação, buscando sempre unir o conhecimento teórico da física a aplicações práticas. Motivado por esse desejo, ele se aproximou da área de física médica.
No mestrado, entrou em contato com a fotobiomodulação, a ciência que estuda a interação da luz vermelha ou infravermelha próxima com materiais orgânicos e as ações terapêuticas resultantes da irradiação. Em sua pesquisa, desenvolveu simuladores antropomórficos, materiais e formas que imitam o tecido humano, para aprimorar a teoria e a prática da fotobiomodulação.
No doutorado, voltou-se para o entendimento sobre a regulação da dor a partir da fotobiomodulação. Sua tese, “Interação de laser com neurônios: óptica de tecidos e fotoneuromodulação da dor”, teve três eixos prioritários de investigação: a distribuição e quantificação da luz em neurônios de camundongos; mensuração do nível de redução de dor em camundongos após a irradiação; e detalhamento dos mecanismos bioquímicos decorrentes da fotoneuromodulação, ou seja, a modulação da atividade neuronal usando luz. O trabalho ganhou menção honrosa na edição 2015 do Prêmio Capes, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Um ano antes de concluir o doutorado, Sousa quis empreender, para dar uma finalidade prática aos resultados obtidos com a pesquisa. Em 2014, nasce a Bright Photomedicine, com o objetivo de aperfeiçoar a ciência de fotobiomodulação ao considerar características físicas de pacientes, como cor da pele e quantidade de gordura corporal. Após o doutorado, Sousa cria um método de irradiação de luz, por meio de um aparelho multifuncional, portátil e flexível, o que viria a ser o Light-Aid Pro (LAP V 2.0). Em 2019, ele submete o pedido de patente pelo procedimento.
A iniciativa de empreender rendeu outros reconhecimentos ao físico, como o primeiro lugar na 12ª edição da STARTUP FARM, em 2015; o prêmio Lemann Fellow de Alto Impacto, da Fundação Lemann, também em 2015; a indicação ao MIT Inovators under 35 years, no ano de 2017; além de finalista no Concurso Nacional de Startups e no InovAtiva Brasil, ambos de 2014.
A pesquisa em Harvard gerou colaborações internacionais, culminando na publicação da maior referência bibliográfica da área de fotobiomodulação até os dias de hoje, o livro Handbook of Low Level Laser Therapy, de 2016, do qual Sousa é um dos autores e organizadores.
Além de atuar na Bright, o pesquisador é revisor de periódicos científicos, como o Journal of Photochemistry, PlosOne e o Journal of Photochemistry and Photobiology. É, também, pesquisador associado da Universidade Federal do Ceará, do Instituto D`Or de Pesquisa e Ensino, e conselheiro de diversas startups de base científica.