Na última sexta-feira (28/10), a Bright publicou os resultados de seu primeiro estudo clínico randomizado e controlado, feito em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Realizado em 2019, o objetivo principal era avaliar a redução de dor em pacientes com osteoartrite crônica de joelho (artrose de joelho) após o tratamento com os fotocêuticos. Os fotocêuticos são um padrão de emissão de luz customizada que é calculada a partir de características do paciente e da patologia.
Ao todo, participaram 31 pessoas de 40 a 90 anos (mulheres, em sua maioria) com os graus mais severos da doença. O grupo de tratamento recebeu duas aplicações semanais de fotocêuticos para artrose de joelho ao longo de cinco semanas, enquanto o grupo controle recebeu uma falsa simulação de irradiação de luz para fins comparativos.
O nível de dor dos participantes foi avaliado semanalmente até quatro meses após a última aplicação. O estudo também contemplou questionários de qualidade de vida, além de exames de termografia, sangue e urina.
“O grupo de tratamento obteve uma melhora significativa na dor a partir da quarta sessão, diminuindo especialmente na quarta, quinta e décima aplicações”, comenta Nathali Cordeiro Pinto, primeira autora do estudo e cientista clínica da Bright. De acordo com a pesquisa, o grau de dor permaneceu baixo seis semanas após a última aplicação.
Na avaliação de qualidade de vida do questionário internacional KOOS – Knee injury and Osteoarthritis Outcome Score, o grupo de tratamento apresentou melhora nas variáveis de dor, capacidade de realizar atividades no dia a dia e qualidade geral de vida, enquanto o grupo placebo não mostrou evolução no quadro clínico.
No exame de urina, a quantidade de dopamina (neurotransmissor associado a ações analgésicas) aumentou levemente da primeira à última aplicação no grupo de tratamento, mas este achado não apresentou relevância estatística. Em relação ao exame de termografia, que capta a temperatura e a distribuição de calor pelo corpo, houve melhora de aproximadamente 25% na microcirculação local em pacientes que receberam o tratamento, o que contribui para a entrega de oxigênio e de nutrientes na região lesionada.
“O grande problema da fotobiomodulação praticada hoje em dia pelo mundo é não levar em conta características do paciente. As simulações computacionais utilizadas na Bright demonstram que a cor da pele e o tamanho do tecido adiposo influenciam a distribuição da luz no interior do corpo e, consequentemente, os efeitos terapêuticos. Para obter os resultados positivos deste estudo, esses critérios foram considerados”, afirma Marcelo Sousa, físico e cientista-chefe da Bright.
A Bright se prepara, agora, para o segundo estudo clínico sobre artrose de joelho, que será executado pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) em vários centros de pesquisa nacionais. A pesquisa incluirá cerca de 250 participantes e terá início até o fim de 2022.
O artigo recém-publicado pode ser encontrado no site do periódico.